A educação remota não deveria significar abrir mão de direitos à liberdade e à privacidade

A Free Software Foundation escreveu um texto denunciando como algumas escolas e universidades estão exigindo que os alunos instalem “proctoring software”, que são programas projetados para dar acesso completo a terceiros e controle do seu computador, câmera e microfone, inspecionar o seu ambiente domiciliar, dentre outras práticas invasivas para afastar a possibilidade de cola em provas realizadas remotamente.

Na Austrália, um grupo de estudantes organizou e assinou uma carta aberta em repúdio à prática que ganhou alguma repercussão na mídia local.

Os escândalos de vulnerabilidades e vazamentos no aplicativo Zoom levou a cidade de Nova Iorque a abolir o uso da ferramenta em suas escolas, mas infelizmente a substituindo pelo igualmente problemático e não-livre Microsoft Teams.

Por outro lado, na Itália, a WeSchool, uma organização dedicada à digitalização em escolas, promove o uso do Jitsi Meet para as aulas remotas. Na Espanha, um ativista de software livre também consegui reverter uma decisão de uma escola que estava usando software proprietário para as aulas remotas. Precisamos de mais iniciativas como esta.

Leia mais detalhes no texto da FSF:

https://www.fsf.org/blogs/community/remote-education-does-not-require-giving-up-rights-to-freedom-and-privacy

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Olha aí um exemplo demonstrando que dá para fazer aulas remotas usando apenas software livre.

https://www.gnu.org/education/teaching-my-mit-classes-with-only-free-libre-software

Este vídeo sobre o tema também é interessante:

Se você ainda não o tiver feito, assine esta petição elaborada pela Free Software Foundation, pela liberdade na sala de aula remota, sem o uso de ferramentas proprietárias que coletam dados pessoais de crianças: