Penso que esse mapeamento pode ser construído e apresentado de tantas formas que vejo ser fundamental primeiramente discutirmos qual(is) o(s) objetivo(s) deste catálogo. Para mim, enxergo esses 2 objetivos como prioritários:
- Possibilitar a um gestor de TI (responsável pelas escolhas de software em um órgão público) conhecer softwares sendo utilizados em outros órgãos para eventual uso no seu órgão.
- Possibilitar aos desenvolvedores (ou o gesto de TI) divulgarem seus softwares para sem utilizados por outros órgãos.
Penso que esses objetivos ajudam a delimitar quais informações/metadados são necessários no mapeamento.
Além dos objetivos, vejo como necessário definirmos algumas categorias de software prioritárias para delimitar nosso trabalho de mapeamento neste momento. Acho que é mais efetivo planejarmos uma versão 1.0 enxuta e rápida, e posteriormente evoluirmos para um catálogo dinâmico, interativo e super amplo. Isso vai ajudar a dar um sentido antes de aprofundarmos.
Um exemplo de divisão por categorias é usado pelo Technology Radar da ThoughtWorks (sugerio pelo @uira) que divide o radar em 4: Techniques, Tools, Platforms, Languages & Frameworks. Essas 4 divisões fazem todo sentido na perspectiva do campo de atuação desta empresa, que além de desenvolver software também é especialista em metodologias e boas práticas ágeis (por isso a primeira categoria “Techniques”).
Para o nosso catálogo proponho 2 grandes grupos de categorias. O primeiro com categorias organizando por uma visão departamental (áreas meio) e agnóstica às competências da instituição pública. O segundo grupo organizando soluções especializadas por categorias temáticas (cultura, educação, saúde, segurança pública, esporte, etc…). Assim sendo:
- Soluções para áreas meio:
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Ferramentas genéricas para Escritório, onde entram por exemplo:
- Redmine
- NextCloud
- LibreOffice
- Zimbra - email
- …
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Plataformas de Gestão Corporativa, onde entram por exemplo:
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Ferramentas de Gestão de TI, onde entram por exemplo:
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Ferramentas de Comunicação e Atendimento ao público, por exemplo:
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Ferramentas de Gestão do Conhecimento, por exemplo:
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Portais institucionais que implementam padrões de governo, por exemplo:
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Mais outras categorias nessa perspectiva agnóstica à competência da instituição…
Vários softwares livres, pela sua natureza, acabam tendo um grau de especialização em um setor específico, como cultura, educação, saúde, etc., e muitas vezes são desenvolvidos por e para uso nas esferas estaduais e municipais. Para esses casos podem ser criadas categorias temáticas ou uma categoria específica para órgãos de atuação local:
- Soluções especializadas:
- Educação:
- Cultura:
- Governos locais:
- …
Edição: A lista provisória/exemplificativa acima foi reestruturado e incrementada após comentários de outras pessoas feitos neste tópicos.
Esta é uma proposta de organização deste catálogo. Mesmo com essas categorizações ainda corremos o risco de não atender todos os possíveis cenários. Independente da qualidade inicial do catálogo tenho certeza que a melhor forma de aprimorá-lo é iniciando e lidando com as limitações encontradas pela comunidade.
Além disso também podemos seguir uma estratégia de catalogar outros catálogos, aliando-o outras iniciativas de catalogação similares.
Também penso que um requisito essencial para um software estar listado neste catálogo é o de possuir uma comunidade ativa, ou pelo menos a existência de especialistas (servidores públicos ou não) participando do uso daqueles softwares em órgãos públicos. Dessa forma o catálogo é mais do que um simples cardápio de possíveis softwares, mas passa a ser um meio de conectar as pessoas interessadas com as pessoas que tem conhecimento daquele software.
Quanto ao Formato, acredito que o catálogo pode começar sendo um artigo aqui no fórum ou um documento numa conta do Github (para facilitar a colaboração). Posteriormente podemos evoluir para uma solução sistematizada com banco de dados e seguindo algum padrão de microdados de descrição dos metadados, como proposto pelo @valessio.
E, como provocação, acredito que valha à pena entender as limitações do atual catálogo do portal do Software Público Brasileiro para não cairmos no mesmo erro.